Integrado no ciclo comemorativo do 10º aniversário da Associação Pinus Verde, Silvares foi palco de vários espectáculos, uma Mostra de Artes de Rua que encantou as gentes da vila
Teve início no dia 5 de Agosto a Mostra de Artes de Rua, em Silvares. Este ‘MAR’ trouxe a Silvares variadas performances para diferentes gostos e idades.
Primeiro foram as crianças que se deliciaram com a “Galinha da Minha Vizinha” do grupo “Circolando”, levada a cena no Grupo Desportivo de Silvares, dia 5. Onde uma mulher-palhaço, “aconchegada nos seus afazeres, criava amigos e dava azos aos sonhos”. Seguio-se uma oficina de dança, também para a pequenada que se divertiu com a criatividade desenvolvida nos estímulos de movimentos.
Por volta das 21h, do dia 6, foi a vez de as ruas de Silvares serem animadas com uma caminhada de um fantoche humano, cujo objectivo seria a interacção com o público e até com o próprio espaço. Foi na Igreja Matriz, bem no centro da Vila que teve início este “Walkabouts” das inglesas “Abalino Dance Theatre”, as quais levaram, de início ao suspense, depois à gargalhada, ao interesse e motivação a quem acompanhou o velho homem que com a sua lamparina guiava a multidão que o seguiu por ruas e ruelas tortas, nas quais por vezes surgiam outras surpresas, como a senhora que, com trajes nobres por vezes surgia, ora visível por detrás de uma janela, ora num varandim de um muro que guarda um jardim, também ela com a sua lamparina, de olhar distante vasculhando no horizonte alguém que parecia querer encontrar. Esse alguém seria “Bobroshkov’s”, nome dado ao espectáculo (Bobroshkov’s Dream) que a seguir encantou a quem esteve presente nos Arranjos Exteriores à Casa Dr. Jaime Pignatelli, na Avenida do Brasil.
Numa coreografia ritmada, balançada em ritmos ora calmos, ora alucinantes, que contavam o sonho de um velho homem que “observa o mundo, mas que se concentra no passado. Pensa nas suas memórias e sente-se só, se não as tem. É a história de um mundo mágico de esperanças e sonhos que fez despertar nele a luta em calçar os seus chinelos”. Era esta a fantástica e “engenhosa mistura de dança com fantoches, onde o intérprete é parte bailarina, parte fantoche”. Levou a muitos olhares atentos, sorrisos e até comentários por parte do público de Silvares, que presenciou um espectáculo pouco comum e inuvador, de uma companhia de teatro e dança inglesa trazida para esta actuação integrada no MAR de Silvares.
Dia 7, foi a vez do Grupo “Ócio e Ofícios”, com a peça “Retrato de Família”, uma caricatura das gentes de Silvares, baseada em histórias recolhidas na freguesia a pessoas já com muitos anos de idade e com muito para contar. Os seus actores iniciaram a animação com uma volta pela vila, na qual, acompanhadas por um bombo da terra, se dirigiam às pessoas, representando um pouco da peça que levariam a cena no Recinto de Santa Luzia. Esta, muito bem encenada e representada, alegrou e manteve sempre entusiasmado o muito público presente. Com nostalgia e humor, três actores recordaram histórias de infância, pela imagem e pela palavra, retratos de uma família imaginária.
A terminar, sexta-feira foi dia do Grupo “Circolando” levar a cena, também no recinto de Santa Luzia, um magnífico espectáculo denominado “Charanga”, no qual são rebuscadas “espaços de antigas minas, histórias de gentes e sonhos de negras vidas dos homens-toupeira”. Desta forma, surgiam “objectos simbólicos como a bicicleta e a fanfarra, juntando-se a turba de água que traz consigo o mar e os sonhos de criança nos círculos de um carrossel”. Foi uma performance digna de um encerramento de dias fantásticos vividos em Silvares, neste seu MAR.
Teve início no dia 5 de Agosto a Mostra de Artes de Rua, em Silvares. Este ‘MAR’ trouxe a Silvares variadas performances para diferentes gostos e idades.
Primeiro foram as crianças que se deliciaram com a “Galinha da Minha Vizinha” do grupo “Circolando”, levada a cena no Grupo Desportivo de Silvares, dia 5. Onde uma mulher-palhaço, “aconchegada nos seus afazeres, criava amigos e dava azos aos sonhos”. Seguio-se uma oficina de dança, também para a pequenada que se divertiu com a criatividade desenvolvida nos estímulos de movimentos.
Por volta das 21h, do dia 6, foi a vez de as ruas de Silvares serem animadas com uma caminhada de um fantoche humano, cujo objectivo seria a interacção com o público e até com o próprio espaço. Foi na Igreja Matriz, bem no centro da Vila que teve início este “Walkabouts” das inglesas “Abalino Dance Theatre”, as quais levaram, de início ao suspense, depois à gargalhada, ao interesse e motivação a quem acompanhou o velho homem que com a sua lamparina guiava a multidão que o seguiu por ruas e ruelas tortas, nas quais por vezes surgiam outras surpresas, como a senhora que, com trajes nobres por vezes surgia, ora visível por detrás de uma janela, ora num varandim de um muro que guarda um jardim, também ela com a sua lamparina, de olhar distante vasculhando no horizonte alguém que parecia querer encontrar. Esse alguém seria “Bobroshkov’s”, nome dado ao espectáculo (Bobroshkov’s Dream) que a seguir encantou a quem esteve presente nos Arranjos Exteriores à Casa Dr. Jaime Pignatelli, na Avenida do Brasil.
Numa coreografia ritmada, balançada em ritmos ora calmos, ora alucinantes, que contavam o sonho de um velho homem que “observa o mundo, mas que se concentra no passado. Pensa nas suas memórias e sente-se só, se não as tem. É a história de um mundo mágico de esperanças e sonhos que fez despertar nele a luta em calçar os seus chinelos”. Era esta a fantástica e “engenhosa mistura de dança com fantoches, onde o intérprete é parte bailarina, parte fantoche”. Levou a muitos olhares atentos, sorrisos e até comentários por parte do público de Silvares, que presenciou um espectáculo pouco comum e inuvador, de uma companhia de teatro e dança inglesa trazida para esta actuação integrada no MAR de Silvares.
Dia 7, foi a vez do Grupo “Ócio e Ofícios”, com a peça “Retrato de Família”, uma caricatura das gentes de Silvares, baseada em histórias recolhidas na freguesia a pessoas já com muitos anos de idade e com muito para contar. Os seus actores iniciaram a animação com uma volta pela vila, na qual, acompanhadas por um bombo da terra, se dirigiam às pessoas, representando um pouco da peça que levariam a cena no Recinto de Santa Luzia. Esta, muito bem encenada e representada, alegrou e manteve sempre entusiasmado o muito público presente. Com nostalgia e humor, três actores recordaram histórias de infância, pela imagem e pela palavra, retratos de uma família imaginária.
A terminar, sexta-feira foi dia do Grupo “Circolando” levar a cena, também no recinto de Santa Luzia, um magnífico espectáculo denominado “Charanga”, no qual são rebuscadas “espaços de antigas minas, histórias de gentes e sonhos de negras vidas dos homens-toupeira”. Desta forma, surgiam “objectos simbólicos como a bicicleta e a fanfarra, juntando-se a turba de água que traz consigo o mar e os sonhos de criança nos círculos de um carrossel”. Foi uma performance digna de um encerramento de dias fantásticos vividos em Silvares, neste seu MAR.
Para Carlos Manuel Jerónimo, Presidente da Junta de Freguesia de Silvares: “o balanço a ser feito é extremamente positivo. Esta Mostra de Artes de Rua foi uma edição experimental, mas de enorme qualidade, tendo sido evidente a liberdade criativa nas diversas actuações e performances. Foi reavivado o espírito da Semana Cultural das Terras do Xisto, em que as diversas parcerias correram bem, tendo sido ainda muita a adesão do público e gentes de Silvares, o que pode indicar uma reedição desta iniciativa para o próximo ano”. Recorde-se que este MAR de Silvares está integrado no Ciclo Comemorativo do 10º Aniversário da Pinus Verde, que até Outubro conta com outras iniciativas, entre elas um Acampamento em Lavacolhos e um Concurso de Perícias em Barcas tradicionais, em Janeiro de Cima.
Miguel Geraldes, in Jornal do Fundão (Agosto 2008)